O consumo de cerveja no Brasil apresentou crescimento praticamente constante na década de 1985 a 1995, com exceção do ano de 1992, ano no qual o poder de compra da população foi fortemente comprimido em função das quedas consecutivas de renda per capita brasileira nos anos de 1990, 91 e 92 e, fundamentalmente, pela implementação do Plano Collor, o qual confiscou a poupança de milhares de brasileiros, diminuindo assim a liquidez do mercado.
Com o Plano Real em 1994 e o consequente aumento de poder de compra da população, a demanda por cerveja reagiu, pois incorporou novos consumidores, principalmente do tradicional mercado de aguardente. A produção retomou a trajetória de crescimento atingindo 80 milhões de hectolitros (8 bilhões de litros) e consumo per capita recorde de 50litros/ano em 1995.Após este boom, a década seguinte (1995 a 2005), no entanto, não apresentou o mesmo bom desempenho. Com níveis de consumo praticamente estagnados, a variação do consumo entre 1995 e 2004 foi de apenas 6%, tendo subido de 80 para 85 milhões de hl e o consumo per capita estacionado em torno dos 50 litros/ano.
Atualmente o mercado nacional vem sofrendo um processo de diversificação muito grande. Grandes empresas vêm trazendo para o país cervejas importadas, e pequenas cervejarias começam a aparecer em diversos pontos do país.
No início da década passada, o mercado estava praticamente dividido em três grandes empresas, onde somente a Ambev correspondia a aproximadamente 78% (ano de 1995) do mercado nacional, e as pequenas cervejarias correspondiam a somente 1,5% (ano de 1995). Hoje se percebe que estes valores estão mudando como pode ser observado na tabela acima.