Desde 1995 o Centro Histórico de Avinhão, incluindo o Palais des Papes, uma das maiores e mais importantes construções da arquitetura gótica na Europa, faz parte da lista de Patrimónios Mundiais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Habitada desde o tempo dos Celtas, é famosa por se ter convertido na residência dos Papas em 1309, quando se encontrava sob governo dos reis da Sicília pertencentes à casa de Anjou. Em 1348, o Papa Clemente VI adquiriu a cidade à rainha Joana I da Sicília e permaneceu como propriedade papal até 1791, quando foi incorporada no resto de França durante a Revolução Francesa.
Houve sete Papas que lá residiram entre 1309 e 1377:
Papa Clemente V
Papa João XXII
Papa Bento XII
Papa Clemente VI
Papa Inocêncio VI
Papa Urbano V
Papa Gregório XIEste período (1309-1377) em que os papas estabeleceram residência em Avinhão é conhecido como o Papado de Avinhão, que teve início quando o papa Clemente V fixou residência em Avignon, propriedade do rei de Nápoles, Carlos de Anjou. Em 1377, o papa Gregório XI decidiu recuperar o trono de São Pedro, em Roma, o que não reconstruiu a unidade do papado, e sim provocou a pior crise de sua história: o Grande Cisma do Ocidente, com dois ou mais papas simultaneamente em Avinhão e Roma, e que só seria ultrapassado em 1417.Os Antipapas Clemente VII e Bento XIII continuaram a residir em Avinhão depois dos Papas terem regressado a Roma em 1377. Clemente VII permaneceu na cidade durante todo o seu pontificado 1378-1394 enquanto que Bento XIII viveu lá até à fuga para Aragão.
Avinhão era sede episcopal desde o ano 70, e foi convertida em Arcebispado em 1476.